Absinto: Curiosidades, Verdades e Lendas da Fada Verde

💚 O absinto é uma das bebidas mais cercadas por mitos da história. Conhecido como “Fada Verde”, seu visual hipnotizante e seu passado controverso conquistaram não apenas o paladar, mas também a imaginação de artistas, cientistas e amantes da coquetelaria.

Separamos algumas curiosidades incríveis sobre essa bebida que mistura arte, ciência e ousadia em cada dose.

 

🔹 Antes de ser social, era medicinal

Muito antes de ser servido em taças elegantes, o absinto era vendido em farmácias como tônico digestivo e antiparasitário. Na França, soldados o usavam como profilático contra malária e disenteria nas colônias africanas. Sim, ele nasceu como um “remédio natural”.

 

🔹 Van Gogh, Oscar Wilde e a boemia verde

Ícones da arte e da literatura como Van Gogh, Oscar Wilde e Baudelaire eram fãs declarados do absinto. A bebida virou símbolo de criatividade, rebeldia e inspiração artística, eternizando-se como a queridinha da boemia francesa no século XIX.

 

🔹 A cor verde é natural — e não é a única

Apesar do apelido “Fada Verde”, o absinto pode ter diversas cores.

      Verde (tradicional) vem da clorofila das ervas adicionadas após a destilação.

      Transparente (blanche ou bleue) é uma versão sem corantes naturais.

      Vermelho pode ser obtido com infusão de hibisco.

      Também existem variações âmbar e douradas.

 

🔹 A verdade sobre a tujona

Durante décadas, a tujona, presente na erva losna, foi acusada de causar alucinações e até loucura. Mas a ciência mostrou que a substância aparece no absinto em concentrações muito baixas, semelhantes às de chás e medicamentos fitoterápicos — ou seja, sem risco real à saúde quando consumido com moderação.

 

🔹 Proibição e retorno triunfal

Por causa de sua má fama, o absinto foi proibido em vários países no início do século XX. França, Suíça, EUA, Bélgica e outros baniram a bebida por décadas. Mas a verdade veio à tona: revisões científicas derrubaram os mitos, e o absinto foi relegalizado entre os anos 2000 e 2010, sob regulamentações específicas.

🔹 Um ritual de respeito

O consumo do absinto segue um ritual único:

  1. Coloca-se um cubo de açúcar sobre uma colher perfurada,

  2. Derrama-se água gelada lentamente sobre o açúcar,

  3. O líquido muda de cor, revelando o efeito louche, e os aromas se abrem.

É mais do que um drink — é uma experiência sensorial.

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